sábado, 27 de junho de 2009
Verticalização da cidade se assemelha à organização de casarões-senzala
Os arranha-céus paulistanos são características máximas da verticalização a que a cidade de São Paulo chegou, forçada pelo crescimento demográfico, pela elevação do preço dos terrenos e o problema crônico de circulação. No livro "Estado Crítico: À Deriva nas Cidades", editado pela Publifolha, o arquiteto Guilherme Wisnik mostra, apoiado em estudos do francês Roger Bastide, que os arranha-céus também mantêm uma estrutura colonial sobre a qual se formou a sociedade brasileira. Esta --horizontal, e não vertical-- estava baseada em uma experiência distendida da vida nas sedes das fazendas, em que os empregados, por exemplo, eram --e ainda são-- considerados membros da família. Saiba mais sobre o livro. Segundo Wisnik, os grandes edifícios "são empilhamentos de casarões-senzalas coloniais miniaturizados, reproduzindo verticalmente tanto a estrutura familiar patriarcal, com sua miscigenação paternalista, quanto a organização fundiária da cidade feita de sobrados, com seus tamanhos exíguos de lote, recuos laterais obrigatórios etc." Leia mais (27/06/2009 - 14h15)
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