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A recente decisão da justiça de proibir que os consulados dos Estados Unidos enviem vistos para os cidadãos brasileiros sem utilizar os Correios é um retrocesso. Embora coerente com a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter o monopólio postal no Brasil, a decisão causará sofrimento desnecessário à população.
Não há qualquer motivo econômico para se manter os Correios como única opção para envio de documentos e encomendas leves (felizmente, para outros tipos de encomenda há alternativas legais no país). Monopólios tendem a cobrar preços cada vez mais altos pelos e a prestar serviços de qualidade cada vez mais baixa. Os brasileiros já têm experiência com os longos prazos e a falta de confiabilidade do serviço prestado pela empresa.
No caso dos envios de visto para a entrada nos EUA, podemos esperar, assim, que aconteçam os já recorrentes atrasos e extravios de pacotes que caracterizam o serviço dos Correios no Brasil. Além disso, podemos também esperar que o custo (que já é alto) dos vistos americanos repasse também para os cidadãos o maior gasto com envios pela estatal.
O Liber é favorável à quebra do monopólio imediata dos Correios. Não há mais justificativa para a manutenção desse dispositivo retrógrado.
Somos também favoráveis à desestatização dos Correios, de forma que a empresa pare de ser subsidiada pelos pagadores de impostos e que esteja submetida à firme contabilidade de custos e prejuízos que impede que haja desperdícios de recursos, como é tão comum ocorrer nas empresas do governo. Só assim, submetida à disciplina do mercado e sem seu mercado garantido por lei, os Correios poderão ser de fato eficientes.
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