quinta-feira, 1 de maio de 2008

Fw: PF: prostíbulo distribuía dinheiro desviado do BNDES

URL: http://congressoemfoco.ig.com.br/Ultimas.aspx?id=22106
A Operação Santa Tereza, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para
investigar indícios de desvio de dinheiro do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deu mais um passo no
sentido de comprovar a tese de que até parlamentares estavam envolvidos
no suposto esquema. E, de acordo com os novos desdobramentos, um
prostíbulo da Grande São Paulo servia como fonte de repasse do dinheiro
desviado do banco para uma suposta quadrilha.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo publicada hoje, dois cheques e
pedaços de papel com manuscritos (nos quais se lê as iniciais PA e RT)
encontrados na última quinta-feira (24) pelos agentes da PF no
escritório do empresário Marcos Mantovani mostram que o estabelecimento
WE Bar e Restaurante (fachada do prostíbulo WE) emitiu dois cheques de
R$ 18.397,50 cada, em 15 de fevereiro. De acordo com os policiais, as
iniciais escritas seriam do deputado federal Paulo Pereira da Silva
(PDT-SP), o Paulinho da Força, e do advogado Ricardo Tosto. Os cheques
são nominais e estavam cruzados, o que propicia o depósito em qualquer
contra corrente.

Até agora, a operação da PF prendeu dez pessoas pelo suposto
envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro. Ricardo Tosto é
membro do conselho de administração do BNDES, e a suspeita da polícia é
de que ele, com a influência política de Paulo Pereira, era um dos que
orquestravam o esquema de obtenção – e conseqüente desvio – de
empréstimos do banco. Aliás, Tosto foi indicado para o posto por
indicação da Força Sindical, comandada por Paulinho. Segundo as
investigações, o grupo detinha um valor que oscilava entre 2% e 4% dos
empréstimos.

De acordo com a reportagem da Folha, a PF garante possuir provas
materiais cabais que demonstrariam três empréstimos articulados pelo
bando – dois para a Loja Marisa (total de R$ 394 milhões) e um para a
Prefeitura de Praia Grande, litoral paulista (R$ 124 milhões). Ainda
segundo os agentes da PF, a quadrilha teria desviado R$ 10,4 milhões,
na hipótese de que o percentual subtraído era de 2%.

O deputado Paulo Pereira não figura entre os acusados formais por ter
foro privilegiado, cabendo ao Supremo Tribunal Federal levar adiante
uma investigação depois que a PF faça chegar à corte partes da
investigação que o incluam. O único foragido da Operação Santa Tereza é
o empresário Manoel Fernandes de Brito Filho, que seria o verdadeiro
dono do prostíbulo supracitado. (Fábio Góis)

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