quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A conspiração dos analfabetos de Haddad - Candidata entrega tudo em branco e tem nota superior à mínima; MEC lhe envia resposta de quatro linhas com cinco erros de português; ao responder a repórter, erra de novo!

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Lembram-se daquela história de o candidato ter como nota mínima a média da área, ainda que entregue a prova em branco? Pois é… Uma outra candidata só se limitou a assinar a ficha e, oh surpresa!, teve uma nota mínima SUPERIOR à… mínima!!! Decidiu enviar um questionamento ao MEC. O Inep lhe enviou uma curta resposta, como segue, com um erro de concordância, três de acentuação e um de padrão. Vocês acompanharão a história, relatada por Rafael Targino, do Uol. Questionado pelo portal, o MEC-Inep se limitou a explicar como funciona a Teoria da Resposta ao Item (que não responde, diga-se, ao problema apontado) e mandou outra bala na nuca da língua portuguesa: “(…), pois não pode-se (sic) afirmar a partir do teste (…)”

É essa gente que andou zerando a redação de milhares de alunos Brasil afora, a menos, claro!, que eles demonstrassem apreço pelos “direitos humanos” - o mesmo apreço, é evidente, do corretor…

Fernando Haddad está para cair fora do Ministério da Educação e passa a ameaçar, aí oficialmente, a cidade de São Paulo. Em seu lugar, vai entrar Aloizio Mercadante, que já prestou relevantes serviços à língua portuguesa. Em seu dicionário, por exemplo, “irrevogável” quer dizer “revogável”, assim como “incompetente”, para Haddad, significa “competente”.

Vamos ser sintéticos: o Enem é uma zona!

Leiam a resposta do MEC. Segue depois texto do UOL.
“Foi divulgado (divulgada) uma nota técnica no portal do inep (Inep) explicando o TRI, assim como tambem (também) foram divulgadas as notas máximas e minimas (mínimas) para cada matéria, sendo que ninguém ficará abaixo do minimo (mínimo) disponibilizado como também não ficará acima da máxima disponibilizada. Atenciosamente, MEC/INEP.”
*
Uma candidata que fez o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 e entregou a prova em branco tirou notas maiores que as mínimas registradas no teste. Além disso, ao questionar o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) sobre o motivo, recebeu um documento com uma série de erros de português.

Mônica Nunes é professora de física em um cursinho de Campinas (SP) e foi fazer a prova para poder levar o caderno de questões. A docente afirma que chegou a resolver a prova da disciplina que leciona, mas não passou a resposta para o gabarito -nem da prova de física, nem de nenhuma outra. Ela somente assinou a folha de respostas e preencheu a frase de verificação. “Eu deitei e dormi. Dormi o tempo inteiro”, diz.

Prova Nota
mínima
Nota da
candidata
Ling. e códigos 301,2 304,2
Matemática 321,6 321,6
Ciências Humanas 252,6 252,9
Ciências da natureza 265,0 269,0
Redação 0 0

Mônica diz que foi checar o resultado por curiosidade e se assustou quando viu que só tinha uma nota zero - a da redação. “Imaginei que fosse encontrar um monte de zero. Um professor de matemática, que é meu namorado, preencheu matemática direitinho. Ele tinha chutado todo o resto da prova. Mesmo com os chutes, havia tido uma nota razoável”, conta.

Por causa da TRI (Teoria de Resposta ao Item), não é possível tirar nota zero nas provas objetivas, só na redação. As menores notas possíveis são exatamente as mínimas, divulgadas pelo MEC (Ministério da Educação) no final de dezembro. Ao saber disso, Mônica decidiu questionar o Inep o motivo de não ter ficado com o mínimo em três provas.

Erros de português
Ela entrou em contato com o “Fale com o Inep” no dia 2 de janeiro. A resposta continha problemas de concordância e de acentuação:

“Foi divulgado uma nota técnica no portal do inep explicando o TRI, assim como tambem foram divulgadas as notas máximas e minimas para cada matéria, sendo que ninguém ficará abaixo do minimo disponibilizado como também não ficará acima da máxima disponibilizada. Atenciosamente, MEC/INEP.”

Mônica, então, enviou outro comunicado ao Inep, refazendo o questionamento. Na resposta, o órgão explica simplesmente como funciona a TRI, sem dizer o motivo de a candidata ter conseguido notas maiores que a mínima.

Outro lado
O Inep, em nota, afirmou que “as notas mínimas divulgadas referem-se a uma prova especial. Como o candidato estava inscrito para provas regulares, as notas apresentadas mostram uma pequena variação a maior”. Ou seja: de acordo com o órgão, a prova “especial” (como, por exemplo, a aplicada a estudantes deficientes visuais) é mais difícil -apesar de ser exatamente o mesmo exame- o que reduziria as notas.

Apesar disso, em uma nota técnica em que explica como é feita a correção das provas objetivas, o órgão diz claramente que quem, por exemplo, erra todas as questões, recebe a nota mínima. “Assim, uma pessoa que erra todas as questões recebe o valor mínimo do teste, e não uma nota zero, pois não pode-se (sic) afirmar a partir do teste que ela possui conhecimento”, diz o documento. O texto está disponível no site do instituto.

Em relação aos erros de português, o Inep disse que não se pronunciaria.

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