domingo, 15 de maio de 2011

As Farc usaram o Brasil para suas operações, aponta estudo

URL: http://feedproxy.google.com/~r/ReinaldoAzevedo/~3/Ly9GN_-SXz0/


Por Andrea Murta, na Folha:
A importância do Brasil como posto e via de trânsito de pessoas e dinheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pelo continente ficou clara no relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), divulgado nesta semana, e é maior do que se pensava. “Viagens [de guerrilheiros] eram típicas, assim como usar o país para deslocar fundos na América do Sul”, disse à Folha James Lockhart Smith, pesquisador do IISS. Segundo Smith, nas comunicações das Farc analisadas pelo instituto há várias menções a viagens de Rodrigo Granda -que era conhecido como “chanceler da guerrilha”- para a Venezuela via Brasil. A Venezuela contesta a autenticidade dos papéis.

De acordo com comunicação de janeiro de 2002, ele chegou a ser parado pela polícia brasileira quando foi certa vez de La Paz a São Paulo, mas não foi preso. Há também menções repetidas de pagamentos feitos em território brasileiro a colaboradores da guerrilha. O analista diz que o venezuelano Amilcar Figueroa, ex-deputado do Parlatino (Parlamento Latino-americano) ligado ao presidente Hugo Chávez, transportava dinheiro para as Farc pelo continente e passava muito pelo Brasil na execução da tarefa.
O IISS afirmou não ter visto evidências de cumplicidade das autoridades brasileiras com as Farc. “Mas é importante verificar daqui para a frente como o Brasil abordou -e não abordou- esse problema que está em seu quintal”, disse Smith.

Ainda há muito a analisar sobre a relação do país com a guerrilha. A documentação, que compõe um arquivo com 6 milhões de palavras, foi apreendida na operação da Colômbia que matou o número dois do grupo, Raúl Reyes, no Equador, em 2008. Sobre Chávez, os documentos mostram que as Farc eram manipuladas pelo presidente venezuelano. “Chávez tinha uma abordagem calculada e instrumental das Farc. Estava sempre preparado para sacrificar os interesses [da guerrilha] se pudesse lucrar com isso”, disse à Folha Nigel Inkster, diretor para risco político e ameaças transnacionais do IISS. Aqui

Nenhum comentário: